quinta-feira, 17 de setembro de 2009

(In)Significantes


Era um dia de Setembro de 2009, fazia calor e todos estavam com sede na fila de espera para atendimento no setor de qualidade da empresa Human Nature & Corporative; me dirigi à recepcionista de tal ambiente e perguntei:
- Por favor senhorita, onde eu posso beber um pouco d'água?
- Pois não? O senhor quer saber o que mesmo héin?

Me detive com pensamentos internos com a seguinte resposta "quero saber se sua cara de mulher rampeira é de nascença ou foi adquirida com o meio".

- Onde posso beber um pouco d'água?
- Ah sim, só um momento ... qual o número de sua ficha?
- 1735!

Ela então apertou o interfone ao seu lado e exclamou:

- Atenção senhor Paulo, o 1735 está indo ao seu encontro para você levá-lo à copa ok? Ele quer beber água.
- Ok! Entendido senhorita Laura!(respondeu o senhor Paulo).

Não sou um número, apenas números, odeio matemática. Nunca me sentí tão coisificado e insignificante apesar de eu estar sendo (naquele momento)significado por números ... 1735!

Já pensou? Meus pais ouvindo isso? Logo eles que com tanto carinho escolheram meu nome: Artur de Bragança.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Molduras

Quando tudo parece resolvido, sempre há intermitências nas coisas que fazem o "tudo resolvido" apenas se compactar como meio processo resolvido. Estou terminando uma etapa de estudos, porém, outras continuam com maior rigor do que a anterior.

I Pergunta: Por que vivemos?

Talvez quando deixarmos de existir enquanto concepção humana de "vivo", teremos tal resposta ... mas para que importa isso se preciso ler livros e textos avulsos para cumprir obrigações intelectuais e temporais? Para que importa saber da razão e funcão da existência humana se amanhã de manhã bem cedo terei que comprar pão para o breakfast de minha familia?

II Pergunta: Para onde vamos?

Tão mais enigmático do que saber por que estamos nessa jornada da vida é saber o pós vida terrena, de certa maneira muitos creêm na vida eterna da alma que perpassa por campos de realidades diversos. Mas para que saber com tanto afinco do amanhã (nesse caso da pós vida terrena) se ainda hoje tenho regras de conduta a cumprir como por exemplo escovar os dentes e quem sabe antes disso não recebo uma ligação dos povos da floresta de Rondônia convidando minha pessoa para realizar técnicas corporais.

III Pergunta: Por que perguntamos tanto?

Está aí uma característica inata ou nata do ser humano, sabe não sabendo, muitos filósofos já propagaram que o homem nasce sabendo e que precisa apenas de experiências para lembrar o que já sabia(informação adquirida no plano de existência anterior à este plano terreno). Questionamentos são deveras necessários e adequados e salvígicos. Já pensou em tantas situações em que um simples perguntar já salvou a pátria da sua vida? Ok, compreende, de modo que cansei.

O que não são os pássaros e seus cantares né Brasil?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Encantadora leveza do peso


Até uma pena pesa, alguma coisa de anormal nisso? Não, mas normal é minha fraqueza.

terça-feira, 17 de março de 2009

Adversários primários


Manter o bom humor e fazer jus a fama de redentor é phoda. Desde criança aprendí a não reclamar e apenas aceitar as imposições perfeitas da vida, logo, não havia do que reclamar ou lamuriar. Na verdade muitas vezes queria me privar dos prazeres dos campos, rios, brinquedos e amor ... mas não conseguí e isso foi bom. Lembro que sempre fui amado e amante. Minha família foi e sempre será harmônica em meio as nuances pedagógicas que a vida nos proporciona. Obrigado, obrigado, obrigado. Assim como a chuva de néctar da verdade recai sobre as sombras leves do coração, será o meu ecoar de gratidão pela Rondônia querida que me acolheu em meu nascimento regional.

Under the iron sea ... eu acalmo os pensamentos no azul das lembranças e do esquecimento, é justo e necessário, nosso dever e salvação.



Até breve vida breve, amo meus amores, desde às crianças mais pequeninas dos colos queridos aos meus velhos templários Dona Dora e Senhor Campos. Longe é o lugar que não existe e por isso gosto de ficar perto das pessoas que amo, não sou besta, não sou um deus.