quinta-feira, 17 de setembro de 2009

(In)Significantes


Era um dia de Setembro de 2009, fazia calor e todos estavam com sede na fila de espera para atendimento no setor de qualidade da empresa Human Nature & Corporative; me dirigi à recepcionista de tal ambiente e perguntei:
- Por favor senhorita, onde eu posso beber um pouco d'água?
- Pois não? O senhor quer saber o que mesmo héin?

Me detive com pensamentos internos com a seguinte resposta "quero saber se sua cara de mulher rampeira é de nascença ou foi adquirida com o meio".

- Onde posso beber um pouco d'água?
- Ah sim, só um momento ... qual o número de sua ficha?
- 1735!

Ela então apertou o interfone ao seu lado e exclamou:

- Atenção senhor Paulo, o 1735 está indo ao seu encontro para você levá-lo à copa ok? Ele quer beber água.
- Ok! Entendido senhorita Laura!(respondeu o senhor Paulo).

Não sou um número, apenas números, odeio matemática. Nunca me sentí tão coisificado e insignificante apesar de eu estar sendo (naquele momento)significado por números ... 1735!

Já pensou? Meus pais ouvindo isso? Logo eles que com tanto carinho escolheram meu nome: Artur de Bragança.